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Tapetes orientais: a sua origem

Os tapetes orientais contam já com muitos milhares de anos de história. Estão entre nós há tantos anos, que é impossível datar o momento exato em que foi feito o primeiro tapete oriental. Segundo um conto islâmico Lockman, o sábio (um contador de fábulas do tempo do rei David 1011-972 a. C.) observou a arte de tecer de uma abelha, e com essa pedra fundamental começou a arte de tecer tapetes.

O que sabemos realmente é que segundo alguns historiadores e especialistas nesta matéria, os tapetes persas (um dos tipos de tapetes orientais mais conhecidos) remontam a 2 500 a.C. , período em que eram utilizados pelas tribos nómadas como um valioso utensílio para a protecção contra o frio rigoroso que se fazia sentir na região. De forma a ofereceram boa proteção os tapetes eram fabricados com materiais naturais, como lã de carneiros, cabras e camelos.

Eram também tingidos com desenhos e cores vibrantes que expressavam a arte dos artesãos que os teciam na altura. Entre os padrões mais populares estavam os desenhos geométricos  inspirados em insectos, plantas e raízes da região.

O mais antigo tapete persa, descoberto até hoje pelo homem, tem cerca de 2500 anos e foi encontrado durante uma escavação arqueológica, na Sibéria. O tapete denominado de Pazyryk é o registo mais antigo do género e é considerado por muitos como uma preciosidade. Apesar da sua longa história, o Pazyryck ainda se encontra em excelente estado de conservação e, certamente, seria o orgulho de muitos coleccionadores e apreciadores de verdadeiras obras de arte. O tapete tem as medidas de 190×210 cm feito com nós duplos (Turcos) contendo uns surpreendentes 347.000 nós/m2 e encontra-se em exposição no Hermitage Museum em Leninegrado na Rússia.

Em diversas expedições arqueológicas efetuadas no mesmo local e por todo o mundo foram encontrados outros exemplares de tapetes bastante antigos, e que também hoje fazem parte do acervo cultural de vários museus, como o de Berlim. Entre os mais conhecidos figuram o tapete Sedschuk do Ala-ed-din-Moschee de Konia, que reinou no século XIII, em Fosfat (velho Cairo), o tapete sacro da Tumba da Mesquita do Sheik Safi de Ardebil, do século XVI e da mesma época, temos os tapetes de caça vienense que estão no museu Poldi Pezzoli em Mailand.

Nos dias de hoje, os tapetes orientais são fabricados de forma maioritariamente mecanizada, embora ainda subsistam alguns artesãos, em algumas partes do mundo, que se preocupam em manter bem vivas as técnicas tradicionais. Estes tapetes orientais fabricados ainda com as técnicas artesanais são, no entanto, mais dispendiosos que os fabricados através de máquinas, mas este preço justifica-se pela sua qualidade superior devido à sua arte incorporada.



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