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Tapetes orientais: materiais utilizados (cont.)

No seguimento do nosso último artigo acerca dos materiais utilizados na confecção de tapetes orientais, hoje vamos debruçar-nos mais detalhadamente sobre os materiais mais populares para fazer este tipo de tapetes. Exemplo disso são algumas fibras naturais, que realçam a beleza e padrões dos tapetes orientais, sendo por isso dos materiais mais utilizados na sua fabricação. É o caso da lã, seda e algodão.

Cada tipo de material e fibra tem as suas vantagens e desvantagens, contudo podemos garantir que a maioria dos tapetes orientais feitos ao longo dos tempos é fabricado com lã, seda e algodão. Vamos então analisar cada um deles mais ao pormenor:

 

Algodão


O algodão, a forma mais pura de celulose encontrada na natureza, é a fibra retirada das sementes das plantas do gênero Gossypium. Esta fibra natural já é cultivada há mais de 5000 anos, sendo que desde o final da última Era glacial tecidos já eram confeccionados com este tipo de material.

O algodão tem estado ao serviço da humanidade durante tanto tempo que a sua versatilidade é quase ilimitada. Cada vez mais, novos usos para esta fibra são constantemente descobertos, sendo que o algodão proporciona o fabrico de milhares de produtos úteis à nossa vida e cria também milhões de empregos em todo o mundo, através do comércio que gira à sua volta.

Diferentes tipos de algodão são cultivados em várias partes do mundo. As diversas variações entre as fibras de algodão ocorrem por causa das condições de crescimento, incluindo fatores como a composição do solo, condições climáticas, fertilizantes e pragas. A qualidade da fibra do algodão é avaliada consoante a sua cor, espessura e força. As diversas variedades existentes são muitas vezes identificadas pelo nome do país ou região geográfica em que tiveram originem.

O algodão é usado exclusivamente para a urdidura e a trama dos tapetes orientais.

A lã é a fibra natural que torna os tapetes orientais mais suaves, fofos e agradáveis ao toque. Deriva do pêlo da ovelha que, depois de tosquiado, é processado industrialmente para usos têxteis, limpeza e coloração. É uma proteína natural, multi-celular, estável e o seu uso é bastante referido desde os tempos bíblicos, sendo também retratado no tempo da crónicas romanas.

Desde os tempos medievais à revolução industrial, surge não apenas como uma fonte de alimento, mas também como uma base de isolamento contra os elementos da natureza. A lã de ovelha é a mais usada, principalmente a de fibra larga (extraída do peito e das costas do animal). Contudo, esta fibra natural pode também ser obtida de outro tipo de animais, tais como as cabras e camelos. Chama-se kurk a lã de boa qualidade, e de tabachi a de qualidade inferior.

Seda

A seda é umas fibras naturais mais antigas conhecidas pelo Homem. É extraída a partir dos casulos dos bichos-da-seda, sendo também uma das fibras mais caras.

Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2700 a.C.. Reza a lenda que a imperatriz Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela, finalmente, conseguiu tecer o filamento da seda em um pedaço de tecido.

Era considerada como uma mercadoria muito valiosa para este país, sendo mantida em segredo durante muitos anos, até o ano 300, quando se tornou conhecida na Índia.

O método de tecelagem ainda se mantém o mesmo. Os filamentos são combinados para formar fios, que são enrolados e finalmente secos.

Os tapetes orientais em seda são mais delicados, sendo normalmente esta fibra natural combinada com lã para os tapetes ficarem mais resistentes e duráveis.



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